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De um Jocumeiro em Bissau… Categorias:
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Nas caminhadas de leitura pela websfera (ou, mundo da Internet), nós tivemos acesso a uma carta informativa com tom de relato de experiência, de um brasileiro que está em Guiné Bissau.

Trata-se de um conteúdo de um missionário nosso de JOCUM Contagem-MG – Robson Oliveira – que trabalha com Intercessão e com treinamento e, hoje, está liderando a Escola de Oração Intercessória em solo africano.

Com suas palavras abaixo, Robson nos convida a um entendimento crítico sobre o nosso verdadeiro posicionamento em relação à situação atualmente enfrentada pelo povo de Guiné Bissau.

Vale a leitura e a reflexão: até que ponto realmente eu tenho amado minhas nações-irmãs de Língua Portuguesa?

Em resposta a essa carta, em breve, publicaremos notícias sobre a própria EDOI e sobre outras atividades ligadas ao trabalho de Jocum em Guiné Bissau.

Aguardem!

N’Ele e por Ele,

Saulo Xavier
Jornalismo, tradução e treinameto
Equipe de Comunicação | Site Nacional

Gabu – Guiné Bissau – Africa, 26 de Abril de 2010.

“Alem das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas” 2 Corintios 11.28

Mesmo Paulo nos exortando a não nos preocupar, aqui ele mostra sua preocupação com a igreja, com seus discípulos, e com seus filhos espirituais, que foram sendo formados pelas suas viagens missionárias. Creio que essa preocupação é zelosa, saudável, que o impulsiona a orar constantemente sobre os santos.

Dessa forma, não vejo como é possível uma pessoa dizer se importar com algo ou alguém e não fazer o mínimo possível que é orar. Nesse tempo que temos estado em Guiné Bissau, eu te convido a permanecer conosco em oração. Entendo que esse tempo se chama “Guiné Bissau – O Desafio” e bem que daria um bom nome para um livro.

Temos desafios todos os dias e em todo o tempo. Comida e temperatura: essas tem sido a parte mais fácil, apesar de que, nas primeiras semanas foi difícil, mas agora, dando inicio à quarta semana, isso não importa mais.

Com tudo que tenho visto aqui na missão e na região, decidi procurar viver de uma forma mais simples possível, sem os costumes brasileiros, como por exemplo: uma coca-cola bem gelada a qualquer hora, uma alimentação bem farta, ou, até mesmo, aquele banho bem demorado.

Acredito que, não tem como dizer que amo um povo se não estou disposto a abrir mão da vida que eu tinha. Não vim a Guiné-Bissau fazer turismo ou coisa parecida. Eu vim porque disse a Deus que estava e ainda estou disposto a ser resposta para as minhas próprias orações pela África.

Guiné Bissau é um país subdesenvolvido em vários aspectos: a comida boa aqui é a comida importada, ainda se vê muita miséria e corrupção, o povo que acredita que seu destino é SOFRER e, por isso, fica meio que sempre à espera dos estrangeiros para que haja uma mudança no país, o que gera um sofisma muito forte na mentalidade do guineense.

O trabalho continua sendo escravo. A mão-de-obra é muito barata. Para um guineense, o trabalho pesado é vergonha. Assim sendo, outros africanos de outras regiões vem para Guiné fazer esse tipo de serviço.

Um povo que decidiu ser independente principalmente de Portugal, mas que, infelizmente, ainda não sabe caminhar com suas próprias pernas. Um povo de auto-estima baixa, com pouca confiança em Deus, e uma forte confiança em sua cultura, que ao mesmo tempo em que tem história, está se desfazendo; e que também tem sido usada pela Igreja, pelo povo de Deus, para fazer o povo guineense permanecer na ignorância. Um povo cuja língua oficial é o português, mas não sabem falar e os que sabem tem vergonha de falar. Com isso, eles não tem contato direto com a palavra de Deus, pois, não há e nem se tem pretensão de haver bíblias em seus dialetos.

Tudo isso é só um pouco do que temos vivido por aqui. Um grande desafio de apresentar um Deus que é grande o suficiente para mudar e transformar a história desse povo.

Tenho investido muito nos alunos da escola de Intercessao, e tenho procurado trabalhar com a igreja, no sentido de mudança de mentalidade. Umas tem abraçado a visão e outras, não. Mas, creio que esse é um tempo de Deus para Guiné-Bissau, um tempo em que Deus volta o seu rosto e a sua face para nós, para ver nossa situação e ouvir nosso clamor por essa nação.

Sou grato a Deus pelas pessoas que tem abraçado esse desafio, mas quero convidar você que ainda não está envolvido: adote Guiné Bissau em suas orações! Faça parte da transformação dessa nação.

“FELIZ A NAÇAO CUJO DEUS É O SENHOR”

Aguardo retorno. Na medida do possível, por favor, visite nosso site, veja as fotos, informações sobre o tempo em Guiné, notícias regionais. O endereço é: www.oliveiraverde.wordpress.com . Deixe seu recado.

Grandes abraços.

Missionário Robson Oliveira
Blog: http://oliveiraverde.wordpress.com