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Missionários brasileiros desenvolvem ações e projetos com refugiados Categorias:
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Dia 20 de junho é lembrado como Dia do Refugiado, para isso preparamos esta matéria com algumas das iniciativas de Jocum Brasil, tanto aqui como fora do país. Certamente outras bases além das mencionadas já se envolveram de forma direta ou indireta com esta causa, mas fique com algumas delas que conseguimos contato, com projetos em atividade. 

Um refugiado, segundo o site da ONU Brasil, é uma pessoa que sai de seu país de origem por medo de perseguição, conflito, violência ou outras circunstâncias que perturbam seriamente a ordem pública. Há em todo o mundo, refugiados espalhados por diferentes países, em alguns, refazem suas vidas, em outros, passam por muitas necessidades. A ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) informou nesta semana que “o número de pessoas fugindo de guerras, perseguições e conflitos” chegou no final de 2019 a 79,5 milhões. Entre estas pessoas, em deslocamento forçado, 42% são refugiadas ou solicitantes de refúgio.

O dia 20 de junho é lembrado como Dia do Refugiado. Desde 2001, a data que não tem tanto a comemorar, é na verdade uma homenagem aos refugiados por sua coragem, sua capacidade de recomeçar e pela força de homens, mulheres e crianças que partem em busca de um futuro seguro. 

Como missão, através de suas bases locais brasileiras, e de seus missionários, espalhados pelo mundo, a Jocum Brasil desenvolve ações que alcançam refugiados, comunicando a eles uma mensagem de esperança, prestando serviços de assistência e encaminhamentos que facilitem a vida destas pessoas nos locais onde estão.

A Borders of Love (Fronteiras de Amor), por exemplo, atua na Turquia e Grécia desde 2014 e tem como foco amparo, suporte e desenvolvimento para com os refugiados que perderam tudo em suas nações e fugiram para estes países a fim de salvar as suas vidas. Os jocumeiros envolvidos atuam nas áreas da educação, saúde e emergência, priorizando crianças e adolescentes que vivem em situação de risco. De acordo com informações do site, a situação da guerra na Síria e o aumento do número de refugiados que ela estava causando sensibilizou um grupo de brasileiros que formou a primeira equipe de voluntários com profissionais das mais diversas áreas e partiram para a Turquia, país que mais recebeu refugiados no mundo. 

Diante das necessidades que encontraram, a partir de um levantamento de estratégias, decidiram montar novas equipes que iriam para a Turquia por um prazo de 15 dias, duas vezes ao ano. Começaram então as viagens com voluntários e profissionais de diversas áreas: Médicos, enfermeiras, psicólogos, dentistas e educadores. O número de voluntários aumenta a cada ano e de janeiro de 2014 a janeiro de 2018, mais de 100 voluntários já passaram pela Turquia e Grécia. Em janeiro de 2018 quatro voluntários brasileiros que estavam desde a primeira edição dessas viagens perceberam a necessidade de além de levar equipes de curto prazo, montar um projeto a longo prazo na Turquia.

Hoje o projeto conta com um espaço de apoio em Istambul, onde oferece aos refugiados: escola de Inglês, aulas de Jiu Jitsu e cursos profissionalizantes. Atualmente a Borders of Love conta com 20 voluntários de longo prazo que vivem na Turquia e atuam nas áreas de trabalho do projeto.

Para conhecer a equipe, apoiar campanhas, conhecer testemunhos e saber como se envolver diretamente e apadrinhar uma criança refugiada com apenas R$ 30 por mês, acesse o site. CLIQUE AQUI

Já no Brasil, onde a presença de refugiados se tornou uma nova e desafiadora realidade para  sociedade e igreja, ações pontuais e projetos merecem destaque pela coragem de acessar pessoas de cultura diferente, e na maioria das vezes em situação de total vulnerabilidade social e emocional. 

A ETED Fire and Fragrance Brasil investiu em sete refugiados venezuelanos, dando bolsas de estudo na escola. De acordo com Camila Acipreste muitas pessoas foram indicadas e passaram por entrevistas e também pelo crivo de um dos valores fundamentais de Jocum, que é Ouvir a Voz de Deus. “Usamos como critério, pessoas que estão comprometidas em voltar para Venezuela e transformar aquele país”, explica. Devido a roda a crise vivida na Venezuela, esses sete bolsistas cruzaram a fronteira para o Brasil com ajuda da Jocum e da Igreja da Paz. São pessoas que têm o visto de refugiado para dois anos, e por isso o plano era de que eles realizassem a ETED, que dura cinco meses e pelo restante do tempo do visto servissem como obreiros na Dunamis Farm, onde acontece a ETED Fire and Fragrance. 

Com a quarentena, a escola que foi pausada retorna em agosto, com isso eles estão fazendo um curso de liderança neste tempo, e depois da escola terminada, irão permanecer na fazenda antes de retornar à Venezuela. “Nosso objetivo específico é enviar eles prontos para implantar igrejas ou serem líderes na igreja local”, conclui Camila.

Bem perto do drama dos venezuelanos que precisaram deixar seu país, Jocum Roraima está empenhada em acompanhar o processo dos refugiados através da Operação Acolhida desde 2016. Esse projeto tem como objetivo intermediar junto às famílias, para as igrejas que desejam receber essas pessoas. Líder da Jocum Roraima junto de seu esposo, Lucelene de Oliveira Silva conta que apesar do pequeno grupo de obreiros voluntários estão atendendo aos mais vulneráveis, já que não conseguem atender a uma grande quantidade de pessoas. Trabalham distribuindo cestas básicas e constantemente auxiliando na retirada de documentos e no encaminhamento para procedimentos médicos necessários. Há também atividades educativas para as crianças que acompanham seus pais na missão de se estabelecer no Brasil.  “Além disso, neste período estamos distribuindo aos refugiados, máscaras e produtos de higiene, devido a pandemia”, relata Lucelene. 

A equipe da Jocum Campo Grande iniciou o trabalho com refugiados árabes, haitianos e venezuelanos assim que identificaram o agravamento das necessidades na situação atual de pandemia. “Percebemos que esse é um grupo pouco assistido em nossa região, muitos não conseguiram ajuda do governo e nem conseguem emprego por causa do Covid-19”, conta o missionário Adriano Lima, que está a frente do Ministério Transcultural. As ações começaram com a entrega de cesta básica, o que abriu portas para ver outras necessidades das famílias.  “Nos prontificamos em ajudar nas coisas de primeira necessidade e feito isso, quando encontramos oportunidade passamos a fazer visitas constantes em suas casas, construindo relacionamento com eles”, esclarece. De acordo com Adriano, a língua é um dos maiores desafios com haitianos e árabes, por isso algo que os missionários pretendem fazer é ensinar o português, facilitando a nova vida destes estrangeiros. “Com venezuelanos temos uma liberdade maior, tanto nas questões relacionadas a fé, quanto da língua e cultura”, relata e afirma que os planos são de ter um local maior onde possam dar uma assistência ainda maior aos refugiados.

Em São Paulo, em meio às mais de 800 ONGs atuando com assistência social, a Jocum Casa tem abraçado a visão do trabalho com imigrantes e refugiados, porém, para além do assistencialismo, pretendem proporcionar o desenvolvimento pessoal, e o contato com a fé através do relacionamento. No entanto, conforme relata o missionário André Araújo, reconhecem que ações como a entrega que realizaram, de uma tonelada em produtos como cestas básicas e produtos de higiene para estrangeiros durante a pandemia, não podem ser negligenciadas. O bairro Glicério, onde estão mais de 16 nacionalidades representadas por imigrantes e refugiados é o local de ação. “Conhecemos uma família síria com sérios problemas dentários, encaminhamos a um profissional, assim como providenciamos alimentos para as crianças que estava, precisando”, relata André. A Jocum Casa se tornou literalmente casa para uma imigrante do Irã recém convertida do Islã ao cristianismo, e além disso a base também está envolvida com aulas de português para árabes em uma organização parceira. Iranianos, nigerianos, haitianos, egípcios e sírios são algumas das nacionalidades alcançadas pelas atividades da base.

O CAIS é um projeto de Jocum Manaus que iniciou no ano de 2018. A princípio a ideia era trabalhar somente com os refugiados venezuelanos, mas a forte presença de imigrantes da América do Sul impulsionou a equipe a dar uma resposta a chegada excessiva de venezuelanos na cidade.
O projeto CAIS tem como objetivo ajudar o imigrante ou refugiado a se inserir na sociedade brasileira, apoiando-o nas seguintes áreas:
EDUCAÇÃO: Aprendizagem da língua local – Português.
MORADIA: Acolhimento de famílias com crianças por um período de 3 meses.
SAÚDE: Doações de medicamentos.
TRABALHO: Ajudar o individuo a ingressar no mercado de trabalho e também inspira-lo a desenvolver um meio de sustento através de suas habilidades.
SERVINDO A NOVA GERAÇÃO: Atividades aos domingos em um prédio no centro da cidade com crianças refugiadas e imigrantes. Essas atividades consistem em apresentar uma vida de esperança, aproximação com a fé e preparação das crianças para o futuro.

Ao longo de dois anos, crianças e famílias estão se estabelecendo e saindo da miséria em Manaus.