O papel da Jocum nas esferas de influência da sociedade Categorias:
Transcrição do Vídeo: Larissa Mazaloti (Comunicação Jocum Brasil)
Nos Estados Unidos, depois de conversar com Loren, algumas pessoas escreveram livros sobre os “sete gigantes”, ou seja, as sete áreas de influência que Deus mostrou para a Jocum através de seu fundador. O tom dos livros era de “vamos tomar posse e impor o Reino de Deus, impor nossos valores, ser senhores da terra e conquistar os gigantes.
Mas em Filipenses está escrito que devemos ter a mesma mente de Cristo, que mesmo sendo igual a Deus se esvaziou, se submetendo até a morte de cruz. Jesus disse que o maior de todos será aquele que é servo de todos.
A atitude de tomar nas mãos o controle era característica dos fariseus, que esperavam o messias como um general à frente do exército para derrubar os inimigos e se colocar sobre todas as nações em posição de domínio.
Jesus, o messias veio com espírito totalmente oposto.
Em Daniel 2 diz que sim, Deus vai prevalecer e encher toda a terra. Mas como isso vai acontecer é explicado por Jesus: o reino é como fermento, que a mulher mistura um pouco na massa e afeta ela toda. O Reino de Deus vai crescer silencioso, anônimo, em postura de servir e sacrificar em favor dos outros. Mas será completamente transformador. Não é por meios carnais que o Reino vai crescer. Ainda em Daniel, quando pensamos na estátua de Nabucodonosor, vemos a tendência de ver a glória das nações, portanto para ter impacto, seria óbvio pegar carona na estátua, cuidar, ficar polindo a estátua e gostar da glória que ela representava.
Mas o reino de Deus esmaga, reduz a estátua a pó, tão fino que o vento leva embora, mas como ele faz isso? As armas de nossa guerra não são carnais, mas espirituais e derrubam fortalezas.
Na época que vikings eram o terror da escandinávia, destruíam, matavam e escravizavam pessoas. Poucos séculos depois, os mesmos vikings eram os crentes mais fortes do mundo e segundo historiadores, as mulheres que foram levadas, forçadas a serem objetos sexuais, escravas e esposas, que tinham fé em Jesus mantiveram sua fé, e pela beleza de suas vidas, infiltraram o cristianismo na cultura pagã dos vikings. Eles foram conquistados de baixo pra cima.
Durante as pandemias que ocorreram nos anos 162 e 240, sem recursos de saúde, até mesmo os sacerdotes pagãos abandonaram as cidades, as famílias colocavam seus membros doentes na ruas para evitar contaminação, mas os crentes foram de diversas partes para cuidar dos doentes. Os patriarcas escreveram que os crentes vieram de todos os lados esperando receber sua glorificação, sabendo que iam morrer. Foi assim que o cristianismo conquistou o império romano, até se tornar a religião oficial do governo, o que foi uma tragédia, pois isso estragou tudo.
Existe alguma coisa no poder que corrompe e seduz. Apenas 18% dos reis do Antigo Testamento terminaram bem, o restante se corrompeu com o poder. Sempre terá entre nós os chamados para trabalhar com quem está no poder. Mas precisamos ser como Natan foi com Davi após seu pecado de adultério com Bateseba e assassinato do marido dela, Urias. Se chegarmos perto dos que estão no poder, temos que estar prontos para sermos amigos de verdade, mantendo nossa independência profética.
Estudos já mostraram que o maior impacto nas nações foi ocasionado por missionários anônimos, responsáveis por seus recursos, enquanto missionários pagos pelo governo, através das igrejas oficiais da Europa e também da igreja Católica não tiveram impacto. A característica dos dois grupos era de serem pagos pelo sistema de impostos, e os católicos sempre seguiram uma estratégia onde o poder político e eclesiástico andavam junto, era o papa que decidia se o próximo rei ia ser rei. Missionários que não dependem de um salário, podem agir sem dever nada a ninguém, sendo honestos, proféticos, aliados apenas do Reino de Deus e da Verdade.
Então pode surgir a pergunta: Qual é a posição política da Jocum?
Não tem.
Ao analisar o Antigo Testamento, vemos coisas da formação de Israel que era de acordo com o livre mercado, o direito à propriedade privada, o direito de prosperar e multiplicar riquezas, que são mais ligadas ao que conhecemos como direita. Mas também são encontradas coisas que se identificam com a esquerda, como perdão de dívidas a cada sete anos, não emprestar dinheiro com juros, de 50 em 50 anos devolver patrimônio para família original – tudo para garantir que não houvesse concentração de riqueza e injustiça contra os pobres.
Precisamos de crentes dedicados à oração e profundos na palavra, que possam analisar os fatores e ver como essas coisas se aplicam no mundo de hoje. Temos jocumeiros de todo tipo, os que se alinham mais com direita ou esquerda, mas a maioria está no caminho do meio. Isso é particular, é individual. A Jocum não interfere, não é uma organização política, não pode ser identificada com esse ou aquele político. Temos que ser amigos proféticos, que falam a verdade diante da sociedade. Missionários assim tem realmente transformado nações, mas quem se comporta como funcionário do governo transforma. Quem vive em aliança entre igreja e governo também não. Quando o poder político é aliado de poder eclesiástico, e nesse caso a Jocum não tem esse poder. Esse tipo de aliança sempre resultou em opressão.
Nossa missão é de ocupar a posição de servos, tanto aos que estão como aos que não estão no poder. Devemos chegar junto sim, mas com verdadeiro amor. E quem quer ter uma posição forte na política, é livre, mas precisa diferenciar e separar sua opinião da Jocum.
Ninguém deve ser rejeitado pelo que acha da política. O Reino de Deus avança servindo e não dominando. Fariseus não conseguiram entender a missão de Jesus porque tinham a visão de tomar conta de tudo e estabelecer controle, de se impor sobre os outros, mas a posição de Jesus foi de se esvaziar e se tornar servo. Que tenhamos essa mente de Cristo.
A posição dos jocumeiros nas esferas da sociedade
Durante uma conferência internacional, uma pessoa se levantou e começou a zombar de jocumeiros que não sabiam sobre política, arquitetura, finanças, perguntando “como vamos discipular as nações?”. Isso foi um desastre, do lado de fora vi jocumeiros chorando, e a partir daquele dia passei a me questionar mais sobre nossa participação nas esferas. Vivemos em um mundo complexo, há uma imposição de que todo mundo tem que se especializar em algo, os cientistas sabem muito sobre apenas uma coisa, não tem mais profissionais generalistas. Então perguntamos: Qual é a especialização do jocumeiro?
A especialidade do jocumeiro é conhecer a Deus e então temos o que oferecer para qualquer esfera da sociedade. Não precisamos saber tudo sobre a esfera para influenciar, não vamos ensinar as pessoas a exercerem suas profissões.
Em Deuteronômio 10.8,9 vemos que a tribo de Levi para carregar a arca da presença do Senhor. O Senhor é a herança da tribo de Levi, a qual Ele chama se Sua propriedade peculiar, são pessoas separadas e consagradas para representar a presença dele entre os povos. Assim somos nós, como mortos fazendo muitos viverem, como pobres, fazendo outros ricos.
Precisamos ser especialistas na presença de Jesus. Se Deus chama alguém para uma esfera, deve ir. Agora, se você é jocumeiro, tem que estar diante de Deus ministrando a ele, carregando a arca entre o povo Dele e entre outros povos do mundo. Somos chamados a produzir vida, não a impor ensinamentos. Quando as esferas olham para nós, acham vida na Jocum?
O chamado é: se dediquem novamente, consagrem-se novamente a essa especialidade de viver diante da face de Deus constantemente. Usem do tempo e da liberdade que temos para buscar o Senhor e para que todas as esferas e parte da sociedade possam achar vida em nós.
Agi desse modo para que vocês não se apoiassem em sabedoria humana, mas no poder de Deus.
1 Coríntios 2:5