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NOTA À IMPRENSA

A JOCUM BRASIL – JOVENS COM UMA MISSÃO, tendo em vista diversos questionamentos suscitados pela população e pela mídia a respeito dos processos que tramitam perante a Justiça Federal do Rio de Janeiro e também dos estados de Rondônia e do Distrito Federal, vem a público, por meio de seu advogado, manifestar-se acerca do que se segue.

A JOCUM BRASIL é uma organização filantrópica, defensora dos direitos humanos e garantias fundamentais há mais de quarenta anos, possuindo atuação não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
Por meio de projetos sociais e iniciativas próprias, desenvolve a JOCUM – em diferentes comunidades carentes, incluindo as indígenas – o fomento à cultura, esporte, lazer, educação e saúde, visando, de maneira singular, o pleno alcance da consolidação dos pressupostos inerentes ao constitucional princípio da Dignidade da Pessoa Humana.

O alcance dos pressupostos relativos ao princípio supracitado depende, indubitavelmente, da defesa da vida em sua plenitude. E tal defesa é totalmente incompatível com a aceitação de discursos que relativizam a vida em detrimento da manutenção de práticas culturais nocivas e condenáveis, como é a do infanticídio indígena, realidade em muitas comunidades Brasil afora.

O docu-drama Hakani – Voz pela Vida, idealizado e produzido pelas organizações filantrópicas JOCUM e ATINI, teve (e tem) o objetivo precípuo de denunciar os males concernentes à prática de infanticídio em comunidades tradicionais, através da narrativa da história de vida de Hakani, uma criança indígena que teve o privilégio de ser salva do cruel destino traçado por sua tribo à sua vida. Em nenhum momento se prestou o docu-drama a macular a honra da comunidade indígena ou fomentar o ódio contra os silvícolas em geral, da forma como – de maneira errônea – acredita o Ministério Público Federal nos estados mencionados.

A título de esclarecimento, todas as crianças indígenas que figuram nas filmagens obtiveram autorização de seus pais, os quais anuíram com a filmagem do docu-drama e com a utilização da imagem de suas crianças.

Infundadas são as interpretações que se espalham de que toda a comunidade indígena se revoltou com a exibição do docu – drama, haja vista os inúmeros relatos existentes – e colacionados aos autos dos processos que tratam da matéria – de indígenas que condenam a prática de infanticídio em suas comunidades.

De mais a mais, é importante prestarmos nossa solidariedade aos diversos ataques que vem sofrendo a futura Ministra Damares Alves, grande defensora dos direitos humanos e atuante em diversas instituições que prezam pela vida e dignidade dos mais vulneráveis.

A JOCUM continuará atuando mundo afora em consonância com os valores que a originaram enquanto instituição filantrópica, buscando a consolidação dos princípios constitucionais e a proteção de cada ser humano em sua singularidade.

Informa, ainda, que se coloca à disposição da imprensa para outros esclarecimentos que se mostrem necessários.

Maringá-PR, 07 de dezembro de 2018.

Jonatas Justus Júnior
OAB/PR 77.930