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Brasil mais evangélico, mais Desafiador Categorias:
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Recentemente a Revista VEJA publicou matéria mostrando que o estado do Rio de Janeiro agora possui maioria evangélica. O fato deve-se em especial ao crescimento das denominações Pentecostais e Neo-pentecostais, bem como de algumas poucas igrejas históricas.

Publicações especializadas, contudo, afirmam que não há um cálculo preciso de adeptos de cada religião no Brasil. Cada grupo religioso tem sua própria estimativa, mas não existe no país uma pesquisa abrangente que aborde todas as religiões, o que impossibilita que esses números possam ser comparados entre si.

Todavia o Brasil ainda é a maior nação católica do mundo. Segundo estimativa (mais uma) do departamento de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), são cerca de 117 milhões de pessoas em 2000, 71% da população.
Já segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 1991, o percentual que era de 83% vem caindo. A cada ano, calcula-se que 600 mil pessoas abandonam o Catolicismo Romano. A maioria migra para as igrejas cristãs protestantes ou independentes. De 1970 para 1990, o número de protestantes cresceu 10%; o de cristãos independentes, 9%; e o de católicos, apenas 2%. Uma outra característica marcante da população brasileira é o alto índice de católicos que dizem ter outra “religião”. Muitos possuem algum grau de envolvimento com o espiritismo ou com uma das religiões afro-brasileiras.

Em 2001 foi lançado o censo da World Christian Encyclopedia, publicação da universidade inglesa Oxford. Ela reúne informações sobre o mundo religioso especialmente o cristão baseado em informações das igrejas de cada país.
Um dos fenômenos que o levantamento da enciclopédia destaca é o da dupla filiação de pessoas que aparecem contadas em duas ou mais denominações religiosas. Esse número mede a mobilidade religiosa indicando os que passaram a freqüentar outra igreja mas ainda são contados pela sua denominação de origem, ou que costuma frequentar dois cultos religiosos distintos ou similares.
Segundo o o censo de 1991, os protestantes tradicionais são 3% da população brasileira, ou 4,3 milhões de pessoas. Nas últimas décadas, os números do IBGE revelam que, com exceção da Igreja Batista, as igrejas protestantes históricas ou estão estagnadas, apenas em crescimento vegetativo, ou em declínio.

Entretanto o número de pessoas não-ligadas a nenhuma religião também está aumentando: cresce 250% entre 1980 e 1991. A maioria dos grupos religiosos orientais tem encontrado público receptivo talvez em função da grande confusão causada pelo crescimento de seitas e ou movimentos independentes e sem profundidade.

O que percebemos, é que, apesar do crescimento da assim chamada Igreja, aparentemente o século 21 nos reserva um duro desafio, mais ferrenho que a Janela 10×40: atingir com a mensagem do evangelho o coração de um homem urbano cada vez mais duro, cético, e desiludido com a pregação religiosa.

Qual o seu papel nesta tarefa ?

Fonte de Dados : Almanaque Abril 2002, IBGE, Revista VEJA.