MANQUID DËMASH Categorias:
A Atini – Voz pela Vida tem viajado muito pelo Brasil, visitando comunidades indígenas e ouvindo as pessoas sobre o que mais as preocupa sobre as Crianças indígenas.
Este ano em viajem pelo vale do Javari, ouvimos os indígenas em um clamor preocupante sobre a saúde e a educação nas comunidades daquela região.
A taxa de mortalidade infantil para a população indígena é de 41,9 por mil nascidos vivos, enquanto a taxa nacional foi em torno de 19,0 por mil nascidos vivos, segundo dados do IBGE/Pnad/2009. No caso dos Caiapós, a mortalidade infantil está em 90 por mil nascidos, segundo dados do Sistema de Informação e Atenção à Saúde Indígena (SIASI/SESAI/MS), de 2012. Portanto, mais que o dobro da média dos demais povos indígenas.
A desnutrição ainda é a principal doença nutricional; apresentam altas prevalências de doenças infecto-parasitárias (helmintíase, diarreia, micose, pediculose e malária); a incidência da tuberculose chega a ser cinco vezes maior que a registrada entre a população não indígena; altas frequências de doenças do aparelho respiratório, como a infecção respiratório aguda (IRA), pneumonia, bronquite e asma, como também, doenças por causas externas (trauma simples e agressão).
O índice médio de mortalidade da criança indígena de até 9 anos é quase o dobro do índice médio de mortalidade da criança não indígena, segundo o UNICEF.
A educação multicultural ou tradicional não é uma realidade em todas as comunidades, isso preocupa os mais velhos, pois percebem que a falta de acesso a educação e informação faz com que o jovem indígena não conheça o “mundo externo e nem seu próprio mundo”.
Com resultado destas andanças, em parceria com a Produtora Emphasis, e um nexo de pesquisadores, jornalistas, contadores de histórias visuais e implementadores de programas que estão juntos para apoiar a transformação da realidade de crianças em situação de vulnerabilidade no Brasil e no mundo, produzimos o documentário MANQUID DËMASH, que desejamos apresentar a você.