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Liderança do século XXI Categorias:
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O Henri Newen tem um livrinho publicado no Brasil pela editora Atos, chamado: “A liderança do Séc. XXI.” Muito bom. Se você é líder de alguma coisa, nem que seja das vassouras da sua base ou da sua igreja leia. Vale a pena refletirmos nas mudanças que ainda temos que sofrer para podermos atender mesmo a necessidade desta geração. Tem gente que vive várias gerações além do tempo deles, estes são os gênios, gente rara. A maioria de nós medianos, vivemos aquém de nosso tempo. Vivemos antes, custamos toda nossa vida para aprender como viver e quando finalmente sentimos que estamos vivendo com plenitude, vivemos como deveríamos ter vivido quando começamos a aprender. Ou seja começamos atrasados. Nos arrependemos de uma séria de furos, lamentamos erros mas seguimos em frente atrasadamente…

Liderança também precisa de adequação, entendimento dos tempos e das horas. Não que os valores absolutos de Deus serão mudados, mas as estratégias, procedimentos, maneiras de ser terão que ser adequadas a cada momento da história.

Ian Muir (vice-chairman internacional de JOCUM) numa reunião para líderes de base em Kona no Hawaii deu a seguinte palavra sobre as adequações que a liderança jocumeira tem que sofrer para continuar influenciando e mobilizando jovens neste século XXI:

Liderança de JOCUM no Século XXI

Sinergia e integração como estilo de liderança:

É tempo de unidade e parceria. Nenhum movimento vai alcançar sozinho o mundo, mas cada um tem uma contribuição. JOCUM mesmo é um movimento grande e muito espalhado pelo mundo todo. Este perfil requer que estejamos sempre conectados uns com os outros, que tenhamos uma visão holística sobre missões, que não vai perder a focalização mas que também não se perder num foco muito estreito.

Mulheres na liderança

Muitas vezes apresentamos isto como uma questão de justiça simplesmente ou como uma questão de atitude politicamente correta. Não é. È uma questão de estratégia, inteligência e sabedoria. Se nós vermos assim vamos perceber a importância das mulheres no reino. As mulheres tem papel vital no Corpo de Cristo neste século e sempre têm tido.

Vamos ver mulheres especialmente da África, Ásia e América do Sul crescendo em liderança. Todos sentimos isto na missão, que precisamos dos dons das mulheres liberados para este mover que queremos ver neste século. No entanto na prática ainda existem muito poucas mulheres na liderança de bases e em funções regionais.

Pós-modernismo

Como líderes nos confrontamos sempre com o dilema: tentamos coisas novas ou ficamos com aquilo que é seguro, aprovado e concreto? Os Guinness fala sobre “não-conformidade radical”. A partir desta nova geração vamos ver emergir um grupo de líderes tão radicais e inconformados como foram os líderes que fundaram JOCUM durante os anos 60 (1960). Eles nadarão contra as ondas de seu tempo, do hedonismo enlouquecido, do cinismo instalado, da desilusão, da busca materialista do sentido que caracterizam o pós-modernismo. Mas ao mesmo tempo eles vão trazer para o Corpo de Cristo, a radicalidade na expressão, a liberdade e a sinceridade nos relacionamentos, algumas das muitas riquezas da juventude hoje.

JOCUM como movimento tem que continuar dando espaço para o alternativo, o novo, em estilo de vida e comunicação do evangelho. Se nos conformarmos com o presente, se nos tornamos confortáveis demais nas nossas bases chiques, e bem aceitas pelo sistema religioso perderemos a oportunidade de mobilizar estes líderes radicais. Quando muitos de nós viemos para a missão encontramos acampamentos toscos e lamacentos, e ao contrário do que podemos pensar, foi exatamente isto que nos fez ficar. Podíamos construir junto com nossos amigos uma missão!!

Liderança baseada em valores

Nos últimos anos temos focalizado bastante no ensino de nossos valores fundamentais nas nossas escolas. Mas vamos lembrar que valores não se ensina, se vive. Se o pragmatismo começa a imperar os valores perdem seu lugar. Muitas novas gerações crescem num ambiente seguro sem as experiências que levaram as gerações passadas a aprender e cultivar certos valores.

Algumas perguntas que escuto mostram como alguns valores podem ser minados com facilidade:

–Precisamos mesmo de viver uma vida aberta e transparente?
–Será que viver pela fé é ainda válido se temos tantos métodos novos para levantar finanças?
–Temos que ouvir a Deus mesmo antes de usar estratégias que já se provaram efetivas?
–Quanta oração precisamos se em tantos lugares as pessoas precisam mesmo é de ação?
–Governo centralizado é mais efetivo, porque não centralizamos nossas operações?

As novas gerações vão continuar questionando alguns de nossos valores. Se não vivermos, entendermos, respirarmos estes valores dados a nosso grupo por Deus, vamos perder a essência de quem somos.

Bom por hoje é só, na semana que vem continuo com a palavra do Ian.  Boa semana.