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JOCUM Sampa, paz e amor Categorias:
Artigos, Jornada 40 anos

Algumas pessoas gostam de estereótipos e, em nossa missão, encontramos alguns deles que podem ser verdadeiros ou não. Sobre a moda jocumeira, há quem diga que o cidadão chega “normal” e sai com dreads, tatuagens, piercings… Outros relacionam jocumeiros com chinelo de dedo e bermudão, talvez camisetas de impacto – a roupa da manutenção. Quando pensei em JOCUM Sampa, logo imaginei um local bem urbano, um estilo meio “rock”. Quando cheguei à base, que fica em Francisco Morato – grande São Paulo – me surpreendi. A base chamada pelo apelido da capital mais urbanoide do Brasil, fica numa comunidade simples e, seus moradores, carregam nos adereços hippies – pulseiras, colares, cabelos – a mesma simplicidade que demonstraram ter no coração. Amor.

No tempo em que estivemos lá, pudemos nos relacionar bastante com os quatro obreiros que estavam presentes. Os líderes Marcelo e Verinha, os obreiros Silas e “Zanon” – este último, quase um personagem em JOCUM, relíquia.

A princípio, chegamos eu e Emanuel. Davi estava há cerca de um mês sentindo dores no estômago, então ficou na capital – lembrando que estávamos agora na região metropolitana – para tentar uma consulta médica. A estrutura da base é pequena e os obreiros são poucos, então a correria das filmagens foi menor, mas não menos interessante. Pudemos acompanhar o treinamento de futebol com alguns meninos da comunidade, atualmente coordenado pelo Silas. Foi legal demais ver a relação dele com os meninos, o discipulado no dia a dia, no relacionamento. Foi legal também ver o obreiro plantando e cultivando rosas. A mordomia da Terra, o cuidado com a natureza, expressa o caráter e a beleza de Deus. Reflete Deus. E temos visto esse cuidado em muitas bases.

Outro cuidado que JOCUM Sampa tem tido, é de construir um muro, necessário para a segurança do local que, depois de muito tempo sem problema algum nessa área, sofreu alguns roubos. “Deus nos manda orar e vigiar, construir esse muro agora, faz parte desse vigiar para nós”, alguém disse. Construções costumam ser um desafio nas bases missionárias.

Além do projeto de futebol, todos os sábados as meninas da comunidade têm aula de ballet. A professora é voluntária – não é obreira de tempo integral na base. Infelizmente não tivemos o prazer de conhecê-la, mas ouvir sobre sua disposição e fidelidade ao trabalho de Deus, nos fez ver que realmente histórias não faltam e amigos também não.

Uma das alunas do ballet, inclusive, nos deu um depoimento lindo. A menina se converteu através do projeto e sonha em ser missionária, em fazer aquilo que o pessoal da JOCUM faz. Que bom ver frutos do testemunho de vidas!

E é através desse testemunho relacional que Zanon se une aos hippies de Francisco Morato e São Paulo Capital, expondo seus artesanatos e compartilhando sobre Jesus. Uma figura! Outra figura foi um hippie que nos apresentou, rapaz gente boníssima e muito talentoso, que precisa conhecer ao Deus Vivo, como eu e você.

JOCUM Sampa nem sempre foi em Francisco Morato. Antes, funcionava no bairro Imirim, na capital. Ao longo de mais de 20 anos, já desenvolveu diversos trabalhos, inclusive na famosa “Cracolândia”. Hoje atua, entre tudo o que já foi dito, com escolas de missões urbanas e escolas de férias. Marcelo acabou de lançar um livreto de poesias e a equipe está planejando um sarau cultural aberto para a comunidade, com o objetivo de levar cultura, valores, relacionamento e Jesus, claro.

A amizade e a simplicidade de JOCUM Sampa, particularmente, me impactou. Uma humildade de quem vive o Amor. Oramos para que Deus os abençoe e firme os passos. Que cada projeto nasça e cresça no coração de Deus e no coração de cada obreiro. A seara está branca para a colheita. Avante, JOCUM Sampa, avante!