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Baby do Brasil conosco durante o DNA Categorias:
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Outro dia ouvia alguns líderes conversando sobre maneira de tornar JOCUM mais “palatável” para as igrejas em geral. Preocupados em ser uma organização respeitável, que segue o modelo daquelas outras bem organizadinhas e empacotadinhas num bonito embrulho pra presente.
Muitos de nós, preocupados com títulos e diplomas, fazemos questão de colocar terno e gravata para pregar à noite, e nos parecermos o mais possível com os evangélicos convencionais.

Muitos de nós nem nos lembramos mais de que a coisa principal que nos atraiu para JOCUM no início de nossa vida missionária era que JOCUM representava exatamente o contrário do evangelicalismo convencional. Era um “bando”, sabe-se lá de quê. Tentávamos nos chamar de organização missionária, mas ninguém realmente acreditava quando nos olhava de longe. Com a nossa calça jeans amarrotada, cabelos desalinhados, chinelos de dedo, a bíblia em baixo de um braço e o violão no outro, andando longas distâncias a pé só pra pregar o evangelho em favelas, trazendo hippies e desempregados pra casa “só” porque eles não tinham onde morar, éramos melhor definidos como um “bando”.

Bando, na sua definição antropológica é a forma mais primária de organização social. Um grupo simples, unido com um propósito com uma estrutura de autoridade simples onde todos se engajam com o bem comum. Éramos um bando seguindo líderes pouco mais velhos que nós, com alguns meses de experiência a mais em Cristo apenas, tão conscientes de ser um “nada” diante de Deus quanto nós mesmos.

Hoje muitos de nós somos tão cheios de experiência religiosa e “maturidade” que dá até enjôo. A palavra mais fácil de falar para os novos é: “- Não dá certo…” “- Deste jeito não adianta…” Sabemos tudo. O que dá certo o que não dá, o que é próprio e o que não é… Se tivéssemos sido recebidos assim quando chegamos na missão ou na igreja provavelmente não teríamos ficado. Tínhamos sede de espaço para criar. Ao invés de bando, hoje queremos refletir as sofisticadas estruturas das instituições modernas, quando Jesus o mais bem sucedido missionário de todos os tempos, não tinha nada além de um bando atrás de si. Perdemos a flexibilidade e a leveza da formação do bando, para nos engessarmos numa pesada burocracia.

Não admira nosso evangelho estar tão pobre. Nossa missão vai empobrecer e encolher também se buscarmos colocá-la em caixas. Onda que é onda não se encaixa… A Baby tem sim a nossa cara. Com seu jeito irreverente a Baby é mais jovem que muitos de nossos jovens. Quando ela se converteu fez questão de não se “evangeliquizar”. Ainda fala a linguagem do não crente, “-bunda mole não entra no céu!” Ainda canta menino do rio, só que ao invés do dragão quem está tatuado no braço agora é o leão… Continua brasileiríssima, mas cheia do Espírito Santo e de coragem para evangelizar de maneira não convencional, despida de religiosidades mas cheia da vida verdadeira de Cristo.

Ela pretende passar um pouco deste DNA pop-santo pra nós durante o Seminário. Venha e participe de várias iniciativas evangelísticas com a Baby do Brasil!!