A Igreja dos Meus Sonhos Categorias:
Eu me encontrava no meio de uma igreja muito grande e bonita. Parecia-me que éramos em torno de 15 mil pessoas em um auditório arredondado e confortável. Um culto maravilhoso. Daqueles em que você não tem vontade de sair e pede a Deus para nunca acabar.
A igreja estava repleta de pessoas comprometidas com o evangelho. Dava para sentir em seus rostos o brilho de Cristo. Todos cantavam e salmodiavam a Deus, alguns subiam a plataforma para testemunhar.
Olhei mais apuradamente e notei que o guitarrista era o Pepeu Gomes. Que jóia, ele não toca mais nos carnavais da Bahia. Ele toca para Jesus, somente para Jesus.
Eu olhava para a multidão e começava a reconhecer algumas pessoas notáveis. O guri que me pediu um trocado no semáforo da via expressa em Belo Horizonte. Ele fazia parte do côro infantil. A secretária do pediatra de meu filho, também estava lá adorando a Deus. O mecânico que fez a revisão do meu carro era o diácono que conseguia e organizava os lugares para os visitantes. O policial de trânsito, a professora do meu sobrinho, o vendedor de cachorro quente e outros mais. Eram pessoas comuns, porém felizes.
De repente, notei que um jovem careca e forte, de semblante alegre, subiu a plataforma para testemunhar de um grande milagre ocorrido em sua vida há alguns dias. Ele foi curado do joelho! O que há de espetacular nisso? Quando se trata do Ronaldinho, o melhor jogador de futebol do mundo, é um grande milagre. As suas palavras eram firmes e contundentes, parecia-me que ele dominava bem a retórica da palavra. Usava até jargões do evangeliquês, tais como: Tô na bênção, o inimigo está amarrado, tô andando no Espírito e outros. O mais interessante era que, ele repetia várias vezes que Jesus mudou o seu viver!
A cada testemunho relatado na plataforma, a platéia dava gritos de alegria e aplaudia a Jesus. Outros choravam e se abraçavam de emoção.
Olhei na terceira fileira dos bancos da igreja e vi um homem barbudo, usando uma roupa verde do exército. Era o Fidel Castro, ele observava atentamente o desenrolar do culto. Nas horas necessárias, ele curvava sua fronte e falava com Deus. Ao seu lado, estava o presidente dos Estados Unidos, na mesma empolgação de Fidel. Observei que o dirigente do culto pediu para que todos dessem as mãos e orassem uns pelos outros. Fidel rapidamente segurou na mão do seu companheiro, deu-lhe um forte abraço e disse:
– Eu te amo no amor de Jesus.
– Eu também – Respondeu o presidente.
Não posso acreditar no que estou vendo. Não pode ser verdade. Jamais imaginaria que chegaríamos a ver uma cena como essa, ex-inimigos se abraçando e orando uns pelos outros. Mas vi, com os meus próprios olhos. Se alguém me contasse eu não acreditaria. Mas, eu mesmo vi tudo, claramente naquela igreja grande e bonita.
Só há uma observação que deixei fazer no início dessa história. Talvez não tenha muita importância, mas devo fazer. Tudo isso aconteceu na minha igreja imaginária. Era apenas um sonho. Aquela igreja que eu creio que Deus pode estabelecer na terra. Sem preconceito, sem racismo, sem maldade e, acima de tudo, sem fronteiras. Por isso trabalhamos para Deus, com o objetivo de alcançar todos os povos da terra, sem exceção.
Já pensou se tudo isso fosse realidade? Você já imaginou um dia ver as pessoas mais distantes e duras serem alcançadas pelo evangelho? Espero que sim, pois essa é a vontade de Deus, que todos sejam alcançados. Por isso a revelação de Apocalipse 5: 9 é ampla e clara quando diz:
“E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação.”
Espero que, ao término da leitura, você não engavete o livro, mas coloque-o em um lugar de fácil acesso para utilizá-lo como um material de pesquisa sobre os termos usados em missões e as estatísticas contidas no final do mesmo.
Que o Senhor o abençoe nesta leitura e as histórias contidas aqui possam te incentivar a fazer ou a continuar fazendo missões.
Extraído da Introdução do livro Missões Sem Fronteiras, de Wal Cordeiro.