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OSLO (Reuters) – Um neonazista norueguês confessou sua participação em dois ataques a bomba uma década atrás depois de um surto de arrependimento provocado por assistir ao controverso “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson.
Johnny Olsen, de 41 anos, foi à polícia depois de assistir ao filme sobre a morte de Cristo para admitir que estava por trás de ataques a bomba contra anarquistas em Oslo em meados dos anos 1990. Antes de sua confissão, o caso não havia sido esclarecido.
“O motivo que o fez ir à polícia e confessar foi o filme”, disse seu advogado, Fridtjof Feydt, na segunda-feira. Ele afirmou que seu cliente estava preocupado com questões como reconciliação e salvação.
A confissão ocorrida no final de semana fez com que a polícia indiciasse Olsen por incêndio culposo.
Ninguém morreu nos ataques de 1994 e 1995, durante uma onda de conflitos de rua entre neonazistas e anarquistas.
Essa foi a segunda confissão estimulada pelo filme de Gibson, criticado pela violência. Na semana passada, um texano admitiu, após ver o filme, ter assassinado uma mulher de 19 anos que estava grávida dele.
“Isso não muda meu ponto de vista sobre o filme”, disse ao jornal norueguês Verdens Gang de segunda-feira Gunnar Staalsett, bispo luterano de Oslo, reiterando sua condenação de que o filme glorifica o sadismo e a tortura.
(Por Inger Sethov)
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